Na Palavra de Deus, encontramos princípios que norteiam nosso viver na fé e quais as características que Ele deseja em nós. Hoje, vamos observar duas situações específicas. A primeira está em Êxodo 18.13-16:
“E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde? Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus. Quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.” A Bíblia nos mostra Moiséstrabalhando muito, do nascer ao pôr do sol, julgando as questões de quase 2 milhões de pessoas. Sua família estava na casa do sogro há muito tempo (antes das pragas do Egito). No v 17 Jetro seu sogro diz:” não é bom o que fazes”.
Jetro dá um conselho e orienta Moisés sobre como formar líderes do povo. Para isso, Moisés deveria escolher homens para ajuda-lo (Êxodo 18.20-22). Os escolhidos deveriam ter este perfil:
v. 20. Ter coração ensinável – disposição para aprender o caminho e a obra.
v. 21. Capazes – Já tem uma prática, são bençãos no meio do povo.
v. 21. Tementes a Deus – Levam Deus a sério, são fiéis.
v. 21. Homens de verdade – Pessoas verdadeiras, que falam e cumprem, com bom testemunho.
v. 21. Que aborreçam a avareza – Não aceitamsuborno, fiéis nas finanças.
v. 24. Para Moisés ele dá a orientação de ficar com “a oração e o ensino da Palavra de Deus”.
E, então, mais de 1.500 anos depois, temos a segunda situação (Atos 6.1-4)
“Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento. Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”.
Devido ao grande crescimento da Igreja após o Pentecostes, trazendo muitas bençãos, foi acrescentado um grande número de pessoas e com isso, surgiram os primeiros problemas entre eles; o esquecimento das viúvas, os privilégios e murmurações. Isso levou os Doze a convocarem um Concílio para resolver a questão.
Para dividir a carga dos discípulos, foram implantados princípios para o serviço. Observe que deveriam escolher homens de:
– Boa reputação – Bom testemunho dentro e fora da Igreja.
– Cheios do Espírito – Tementes a Deus.
– Tinham sabedoria – Conhecimento aplicado e verdadeiro.
Os Discípulos ficariam com a “oração e o ministério da palavra”. Lembrando que o serviço em questão era servir as mesas. Assim, as regras para o serviço do Senhor se aplicam a todos: desde os juízes até os que servem as mesas.
Notamos que, tanto em Êxodo como em Atos, encontramos pessoas que levavam uma vida reta com Deus e com as pessoas. Encontramos servos que cumpriam as ordenanças de Deus; vidas que conheciam e viviam o principal dos mandamentos. Como está sua vida, considerando essas ordenanças? Como estão seus sentimentos, prioridades e testemunho?
“O principal dos mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo…” (Marcos12.28-31).
Tenha um setembro abençoado.
Bispo Fernando
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