“E Ele dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome sua cruz e siga-me” – Lucas 9.23
A exortação de Jesus escrita acima, não se limitava aos discípulos, mas foi para toda humanidade, sem qualquer exceção ou limitação. Wesley dizia: “a negação de nós mesmos, não é um acessório, mas é absolutamente necessário, para que nos tornemos e nos conservemos discípulos de Cristo”.
Muitos dos nossos problemas são criados e causados dentro de nós mesmos. Levantamos barreiras para nos proteger, tentamos evitar que as pessoas que amamos sofram, o orgulho começa a reinar e etc. Talvez as intenções não pareçam ruins, mas percebemos a realidade, o traço do pecado original que nos leva a tentar se esconder de Deus, das pessoas e de nós mesmos. Nós fomos infectados pelo pecado e tudo que tentamos fazer por nós mesmos, tem essa herança. Paulo entendeu bem sobre essa luta do nosso eu com a vontade de Deus: “Porque nem mesmo entendo o meu modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” (Rm 7.15).
Quando o Evangelista Lucas traz à memória o que Jesus falou sobre a cruz, isso nos abre um novo entendimento. O poder da cruz trata de quem somos, assim como o sangue de Cristo trata do que fizemos.
A negação de si mesmo é a recusa de seguirmos nossa própria vontade, pela convicção que a vontade de Deus em nós é o melhor. Temos um exemplo claro sobre seguir a vontade do Pai, quando Jesus foi ser crucificado no Monte das Oliveiras. Ele abriu mão de sua vontade (Lucas 22.42) para que a vontade do Pai fosse feita.
Aquele local era chamado de Getsêmani, que significa “prensa de azeite”, em hebraico. O melhor azeite é decorrente de maior pressão feita na moenda sobre o caroço de azeitona. Quanto maior a pressão, melhor o azeite. Quando nós renunciamos nossa vontade para fazer a vontade de Deus, Ele nos leva a produzir o que Ele quer de nós – nós existimos para produzir o melhor azeite.
A pressão sobre Jesus foi grande, conforme Lucas relata no capitulo 10.14 – “… o suor dele se tornou como gotas de sangue…” A vontade do Pai foi feita e nós fomos redimidos (ALELUIA). Jesus viveu a oração que nos ensinou “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu” e confirmou o propósito da Sua vinda (João 3.16).
“Para melhor ilustrar esse ponto, direi: A vontade de Deus é o caminho que nos leva diretamente a Ele, enquanto a vontade do homem é um caminho que leva para mais longe de Deus. Então temos apenas duas opções: negar a vontade de Deus para seguir sua própria vontade ou negar-se a si mesmo e seguir a vontade de Deus” (J.Wesley).
Nos veremos no Ministerial
Tenha um abençoado mês de maio.
Bispo Fernando Cesar Monteiro
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Caso você queira meditar um pouco mais sobre esse tema, recomendo a leitura do Sermão Wesley – 48…
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