A liderança de Paulo, nesse texto, surge a bordo de um navio que o levava a Roma. Paulo não é o capitão do navio,
não é um dos marinheiros, nem um dos soldados. Era apenas um prisioneiro, sendo levado para ser julgado em Roma. Mesmo assim, quando surge uma situação de crise, Paulo assume a liderança, transmitindo orientação, ânimo e esperança a todos os envolvidos.
Naquela situação Paulo era apenas um prisioneiro. No início do capítulo outras pessoas estão decidindo e Paulo, com os demais prisioneiros passivamente ouvem e obedecem. Mas, no final do capítulo, Paulo está em uma posição de liderança enquanto até mesmo os soldados seguem suas orientações.
O que podemos aprender sobre liderança a partir da história narrada nesse texto? O que aconteceu entre o início e o fim do capítulo para que um mero prisioneiro se tornasse um líder admirado? Quero apontar alguns atitudes do apóstolo Paulo: Paulo não lutou para tornar-se um líder ali. Apenas procurou ajuda: Frequentemente vemos pessoas
lutando por uma posição de liderança, ao invés de uma oportunidade de servir permitindo assim que a liderança se desenvolva espontaneamente.
Naquela situação mesmo não exercendo uma liderança formal, Paulo tinha as qualidades necessárias para ser um líder
funcional:
A liderança de Paulo surgiu em uma hora de necessidade, quando ninguém parecia saber o que fazer. Líderes funcionais, diferentemente de líderes formais, surgem em tempos de necessidade. Em tempos de crise as pessoas e os
grupos procuram pessoas com discernimento que possam lhes ajudar a vencer a dificuldade.
A influência de Paulo não foi resultado de manobras políticas. Foi, antes, consequência de sua competência pessoal:
Os grandes líderes da história bíblica tais como José, Moisés e Daniel, causaram impacto por causa de habilidade e
discernimento concedidos a eles por Deus Não manipularam pessoas ou circunstâncias com a finalidade de conseguir poder ou posição de prestígio.
A habilidade, o discernimento e a liderança de Paulo fizeram com que sua pregação tivesse uma credibilidade que de outra forma jamais teria diante do povo. Ninguém seguiu Paulo naquela situação porque ele era um “profeta” ou por cause de sua habilidade de comunicação. Eles o seguiram porque ele tinha clareza com relação a situação e consequente inspirava confiança e desejo de ser seguido.
Que Deus dê a cada um/a de nós, a mesma disposição para ouvir a Deus e servir as pessoas, em especial em tempos de crise.
Bispo João Carlos
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