“Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado”
I João 1:7
“Portanto irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário (Santo dos Santos), pelo sangue de Jesus “
Hebreus 10:19
Wesley, ao longo de sua vida, escreveu, editou e resumiu centenas de publicações. Em seu diário, seus sermões, suas notas da Bíblia e em outras inúmeras fontes, Wesley fez apontamentos sobre medicina natural, criticou a escravatura e dissertou até sobre música. Seus escritos são muito fortes e sempre visaram a vida cristã na prática. Wesley nunca foi especulativo ou filosófico em demasia, mas escrevia para ser entendido. Os temas “santidade” e “graça” de Deus eram constantes em seus textos.
Quero meditar com você sobre um texto de Wesley que edificou muito a minha vida e, com certeza, vai edificar a sua também. Aqui, ele trata do sangue de Cristo. O texto bíblico que ele utilizou foi I João 2:1 “Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo…”. Leia com atenção:
“Muitos crentes têm dificuldades de perceber que possuem falhas interiores, como de não ter o amor, o temor e a confiança que deveriam ter em Deus; também não amam o próximo e nem seus irmãos, que são os filhos de Deus; não têm caráter santo que deveriam ter e estão em falta com Deus em muitas coisas. Todavia, estão prontos a clamar como Monsieur de Renty: “Sou uma terra cheia de espinhos!”, ou como Jó: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”(Jó 42:6).
A convicção de seus erros diante de Deus é outro aspecto daquele arrependimento que pertence aos filhos de Deus, mas isso deve ser entendido com cautela e em um sentido singular. É certo que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, que creem nele pelo poder da fé e não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. No entanto, eles não podem satisfazer a estrita justiça de Deus mais do que podiam antes de crerem nele e, em razão disso, a justiça de Deus os declara como dignos de morte. E assim seriam condenados, não fosse o sangue expiatório de Cristo. Por isso, os crentes podem estar perfeitamente convencidos de que ainda merecem punição, embora estejam livres, graças ao sangue da cruz.
Uns pensam que não têm mais pecado e outros que estão condenados (quando não estão), ou que não merecem ser justificados. Eu considero que a verdade se encontra no meio desses dois extremos: eles ainda merecem a condenação do inferno, mas o que merecem não lhes sobrevém porque eles tem um Advogado junto ao Pai. A vida, a morte e a intercessão de Cristo se interpõem entre eles e a sua merecida condenação.” (Dia a dia com John Wesley – publicação Pão Diário)
Nós nos achegamos a Deus unicamente pelo sangue de Jesus, pois não temos nenhuma competência própria para tal. Como dizia Santo Agostinho: “A suficiência dos meus méritos é saber que eles não são suficientes”. Tenha ousadia e humildade para adentrar na presença do Senhor.
Tenha um setembro abençoado.
Bispo Fernando
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