“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. Salmos 23:4
Recentemente, em uma reunião com nossos SDs, e depois com o CMR, conversamos sobre o versículo acima. O cajado como símbolo do cuidado pastoral. Quando temos uma Ordenação de Pastores(as) e Presbíteros(as), passamos o cajado e falamos: “Pastoreie as ovelhas de Deus”.
Quem utiliza essa ferramenta para cuidar do rebanho sabe que o cajado é alto e tem uma curvatura na parte superior. Tal curvatura serve para várias coisas:
•Puxar os galhos altos para as cabras
•Resgatar as ovelhas presas
•Tirar ovelhas de buracos
•Resgatar nas enchentes
•Tirá-las da lama
•Tirá-las de espinheiros
•Separar briga das ovelhas, etc.
Philip Keller, no livro “Nada me faltará” (Ed. Betânia) comenta sobre o uso do cajado:
“Já tive ocasião de ver pastores habilidosos manejando o cajado entre milhares de fêmeas que davam cria, com rápidos movimentos, elevava o cordeirinho com o cajado e o colocava do lado da mãe”.
“O cajado é a extensão do braço do pastor”, disse Timothy Leniak
Na Bíblia, encontramos Moisés com o seu cajado “Quando Faraó vos falar, dizendo: Fazei vós um milagre, dirás a Arão: Toma a teu cajado, e lança-a diante de Faraó; e se tornará em serpente” (Ex. 7:9). Acompanhamos também a situação surpreendente que Arão passou: “No dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu que o cajado de Arão, que representava a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo botões e flores, além de amêndoas maduras” (Nm. 17:8). Esse cajado, que floresceu, era um dos preciosos itens que ficavam dentro da Arca da Aliança, juntamente com as tábuas dos dez mandamentos e o maná.
Em nosso Ministério Pastoral, precisamos usar nosso cajado para puxar, salvar, desafogar e tirar da lama ovelhas que estão presas nas amarras do diabo. Com ele alcançamos ovelhas presas em culpas, comportamentos ruins, confusão, desespero, entre tantas outras situações. O cajado pode ser, na prática, um telefonema, uma mensagem, uma visita, acompanhamento ou uma Palavra específica de Deus. Com isso lembramos sobre nosso cuidado e confortamos as ovelhas: “estou aqui”, “vai passar”, “vamos chorar e sorrir juntos”.
Note que o salmista não fala de um cajado que espanca ou agride, mas que a vara e o cajado consolam. A Consolação é um atributo do Espírito Santo que precisa fazer parte do nosso pastoreio e como todos precisamos ser consolados.
Feliz Páscoa,
Bispo Fernando
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