Destino e propósito

ago 1, 2025Noticias, Palavra Episcopal

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficam para trás e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:13-14

Hoje te convido a meditar sobre alguns pontos do trecho acima, da carta escrita por Paulo aos Filipenses. Que conceitos se destacam nesse texto?

  1. Autoavaliação – “Irmãos, quanto a mim…”

Quantas vezes paramos para nos analisar?  Com que frequência pedimos para o Espírito Santo sondar o nosso coração, como Davi o fez no Salmo 139, “Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração, prova-me e conhece o meu os meus pensamentos”?

 Com certa frequência, infelizmente, observamos a situação dos outros e elas nos parecem mais fáceis de resolver do que nossos próprios problemas. Como é difícil encararmos nossas debilidades! Mas aqui, o Apóstolo olha para si mesmo antes de qualquer coisa. Fez como Isaías, que um dia olhou para si e disse: “Aí de mim…”. A autoavaliação é o começo dessa reflexão: precisamos parar e nos avaliar.

b)- Insatisfação – “…não julgo havê-lo alcançado…”

            Paulo não se conformava com o que tinha alcançado: ele se autoavaliava e não se acomodava. Creio que, se olhasse a sua volta, poderia sentir-se satisfeito com o progresso da sua fé. Afinal, Paulo tinha levado muitas vidas para Jesus, feito viagens missionárias, milagres haviam acontecido em seu ministério… mas, Paulo comparava-se com Jesus. O impulso que Deus muitas vezes usa para que avancemos é a insatisfação.

            Às vezes, nos conformamos com nossa caminhada de fé e raramente nos questionamos se estamos frutificando como deveríamos. Vale a pena se perguntar: Estou tão perto de Jesus como deveria estar?

c)- Objetividade – “…uma coisa faço…”

            O segredo do avanço está em nos concentrarmos em uma coisa só. Quando Jesus perguntou ao cego de Jericó: “O que queres que eu te faça?”, o cego foi objetivo e específico: “Mestre, que eu possa tornar a ver” (Mc 10:46-52). O cego podia ter vários outros problemas, mas ele soube priorizar e ser assertivo em seu pedido.

            Muitas pessoas erram aqui: querem abraçar muitas coisas ao mesmo tempo e não se fixam em nada. Se você se encontra em um lugar de muitos projetos e pouco foco, busque a direção de Deus para fazer da coisa mais importante a mais importante.

d)-Direção – “…esquecendo-me das coisas que para trás ficam, avanço para as que estão adiante…”

            Há pessoas que ficam paralisadas pelo passado e não conseguem avançar. Não deixe que os erros do passado o impeçam de prosseguir: escolha a direção certa. Qual é essa direção?

  Observe Lucas 9:62: “Mas Jesus lhe respondeu: -Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”. A direção certa é em frente, no mover e no tom do Espírito Santo.  Não podemos mudar o passado, mas estamos plantando hoje para as colheitas futuras.

e)- Determinação – “…prossigo para o alvo…”

            Muitos não podem dizer: “prossigo para o alvo”, porque não têm um alvo.  Sabemos que nosso desafio é fazer a vontade do Pai. Mas qual é a vontade do Pai? O que é necessário para fazer Sua vontade?

 Jesus desafiava seus discípulos a responderem essas questões.  Leia Lucas 14:25-33 e perceba: o princípio aqui é que para cada alvo há uma estratégia.

f)-Atitude – “…para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”

            Olhos no prêmio.  A Bíblia mostra que várias pessoas começaram a corrida da fé com muito êxito, mas não chegaram ao fim por desrespeitarem as regras e perderam a recompensa. Como alguns exemplos temos Ló, Sansão, Saul, entre tantos outros.  No entanto, muitos outros tiveram pequenos começos, mas perseveraram e terminaram muito bem sua corrida. Como exemplos, Josué, Calebe e o próprio Apostolo Paulo. Vemos pela vida deles que perseverança, disciplina e atitude caminham juntas para conquistar o prêmio.

             “ A vitória acontece no preparo do dia a dia, e a única preparação para o amanhã é o uso correto do hoje” (Bispo João Carlos).

            Tenha um mês de agosto abençoado

            Bispo Fernando

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