Santidade

fev 27, 2023Palavra Episcopal

Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14)

O relato de Wesley sobre o que o motivou a viver em santidade é muito interessante:

“No ano de 1725, estando nos meus 23 anos, deparei com o livro do Bispo Taylor – Regras e exercícios para viver e morrer santamente. Fiquei extremamente comovido, em especial com aquela parte que diz respeito à pureza de intenção.  De imediato, decidi dedicar toda a minha vida a Deus, todos os meus pensamentos e ações; estando totalmente convencido, não havia meio termo: TODAS AS PARTES DA MINHA VIDA (não apenas algumas), deveriam ser um sacrifício a Deus ou a mim mesmo – quer dizer na verdade, ao diabo.”

            A concepção de que nossas atividades rotineiras e ordinárias não são importantes diante de Deus é errônea. A santidade integral envolve cada momento do nosso dia. O autor do livro “Celebração da Disciplina”, Richard Foster afirma que “a descoberta de Deus encontra-se no diário e no comum, não no espetacular e no heroico.”

            As referências bíblicas sobre os efeitos e implicações da vida em santidade são inúmeras:

-Ter a mente de Cristo implica em agir como Ele (I Co 2,16).

-Permanecer em Jesus significa andar como Ele andou (I João 2:6/Efésios 5.11).

-Purificar-se da impureza é aperfeiçoar a santidade no temor de Deus (II Cor 7.1).

-Nosso coração, alma, força e entendimento devem estar voltados a Deus (Marcos 12;30/Lucas 10.27/Deuteronômio 6.5).

Wesley descreveu a santificação como um processo em que “no novo nascimento Deus tira o homem do Egito e na Santificação, Deus tira o Egito do homem”.  Esse processo envolve coração, alma, forças e entendimento. Na exposição de Wesley sobre a Santificação, fica claro a necessidade das Disciplinas Espirituais (oração, jejum, leitura da Palavra e Santa Ceia) e de uma vida que revelasse Jesus.  

O processo de santificação, embora envolva disciplinas espirituais, é obra do Espírito Santo em nós. Entender isso deve levar-nos a orar como João Batista: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. A partir disso, podemos ver a obra do Espírito Santo em nós:

-Mostrando a nossa natureza – João 16.8-11

-Testemunhando que somos filhos e filhas de Deus (Romanos 8.16).

-Nos santificando (Romanos 8.1-15).

Desse modo, podemos afirmar que a SANTIFICAÇÃO é o Espírito Santo nos tornando iguais a Jesus. Permita que o Espírito Santo continue a obra de santificação em todas as áreas da sua vida. 

  Bispo Fernando Cesar Monteiro

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